domingo, 17 de julho de 2016

O anarquismo e o punk rock: a crítica ao Estado burguês e a sociedade capitalista

O punk rock é um movimento musical, social, comportamental e estético associado a juventude que surgiu em meados da década de 1970, principalmente nos EUA e na Inglaterra. Enquanto movimento musical, vai se opor às músicas complexas, longas e elaboradas do rock progressivo, cujas bandas possuíam muitos integrantes e utilizavam muitos instrumentos, tocados de forma virtuosa pelos seus executores. Pelo contrário, o punk defendia a filosofia Do it yourself (Faça você mesmo). Suas bandas possuíam poucos integrantes que pouco sabiam tocar seus instrumentos. O importante era a expressão.

Acompanhadas de melodias velozes e um som pesado, as letras do punk rock expressam críticas à família, ao Estado e ao Cristianismo, identificados à repressão e às injustiças sociais. O tom e os temas  da crítica punk fez com que se associasse e buscasse inspiração nas ideias anarquistas.

O punk rock chegou ao Brasil no início da década de 1980, principalmente por bandas de Brasília como Aborto Elétrico, Plebe Rude, Legião Urbana e Capital Inicial, e em São Paulo, com bandas como Garotos Podres, Ratos de Porão e Inocentes. A diferença entre os dois ambientes está na origem social dos integrantes de suas bandas. Enquanto os punks de Brasília eram filhos da classe média alta, os paulistas eram filhos da classe operária paulista, muitos oriundos de cidades nordestinas.

Internacional (em francês: L'Internationale) é um hino internacionalista, sendo também uma das canções mais conhecidas de todo o mundo.

A letra original da canção foi escrita em francês em 1871 por Eugène Pottier (1816-1887), que havia sido um dos membros da Comuna de Paris. A intenção de Pottier era a de que o poema fosse cantado ao ritmo da Marselhesa. Em 1888, Pierre De Geyter (1848–1932) transformou o poema em música.

A Internacional ganhou particular notoriedade entre 1922 e 1944, quando se tornou o hino da União Soviética. Desde então, foi traduzida em inúmeros idiomas. A canção é tradicionalmente cantada com o punho fechado ao ar. Apesar de estar associada aos movimentos socialistas, A Internacional também serve de hino para comunistas, social democratas e anarquistas.

              https://pt.wikipedia.org/wiki/Punk_rock


Música: Proletários
Artista: Garotos Podres
Álbum: Pior que Antes
Data de lançamento: 1988

Já não acreditamos
Em nenhuma teoria
Falsas verdades
Da elite minoria
Arreiem todas bandeiras
Destruam todas as fronteiras
Todo proletário
Se libertar
Do Estado

Proletário [4x]

Deixamos os generais
Sem exércitos
Os patrões sem empregados
Os demagogos sem nossos votos
Os exploradores
Sem explorados

Proletário [4x]

Proletários
De todo mundo
Sobre as ruínas
Da hipocrisia
Marchem ombro a ombro
De cabeças erguidas

Proletário [4x]


Música: A Internacional ((L'Internationale, Socialist Anthem)
Artista: Garotos Podres
Álbum: Garotozil de Podrezepam
Data de lançamento: 2003

De pé, ó vítimas da fome
De pé, famélicos da terra
Da idéia a chama já consome
A crosta bruta que a soterra

Cortai o mal bem pelo fundo
De pé de pé não mais senhores
Se nada somos em tal mundo
Sejamos tudo ó produtores

Senhores patrões chefes supremos
Nada esperamos de nenhum
Sejamos nós que conquistemos
A terra mãe livre e comum

Para não ter protestos vãos
Para sair desse antro estreito
Façamos nós com nossas mãos
Tudo o que a nós nos diz respeito

O Crime do rico a lei o cobre
O estado esmaga o oprimido
Não há direitos para o pobre
Ao rico tudo é permitido

A opressão não mais sujeitos
Somos iguais todos os seres
Não mais deveres sem direitos
Não mais direitos sem deveres

Abomináveis na grandeza
Os reis da mina e da fornalha
Edificaram a riqueza
Sobre o suor de quem trabalha

Todo o produto de quem sua
A corja rica o recolheu
Queremos que nos restituam
O povo quer só o que é seu

Nós fomos de fumo embriagados
Paz entre nós guerra aos senhores
Façamos greve de soldados
Somos irmãos trabalhadores

Se a raça vil cheia de galas
Nos quer à força canibais
Logo verás que as nossas balas
São para os nossos generais

Pois somos do povo os ativos
Trabalhador forte e fecundo
Pertence a terra aos produtivos
Ó parasita deixa o mundo

Ó parasita que te nutres
Do nosso sangue a gotejar
Se nos faltarem os abutres
Não deixa o sol te fulgurar

Bem unidos façamos
Nesta luta final
Uma terra sem amos
A internacional

Bem unidos fazemos
Nesta luta final
Uma terra sem amos


A internacional

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