quarta-feira, 18 de maio de 2016

Primeira Guerra Mundial ou Primeira Grande Guerra (1914-1918)

1)      Definição: A Primeira Guerra Mundial ou Primeira Grande Guerra foi um conflito armado iniciado na Europa devido à intensificação das disputas imperialistas entre as grandes potências europeias do período. Sua abrangência mundial deveu-se a ação expansionista dos países europeus pela África e Ásia, pelas pretensões imperialistas do Japão no Extremo-Oriente e o rápido desenvolvimento econômico e tecnológico dos EUA.

2)      O mundo antes da Primeira Guerra Mundial
a)      O imperialismo ou neocolonialismo: Entre os séculos XVI e XVIII, a conquista e expansão dos países europeus sobre os territórios em outros continentes possuía como objetivos principais a acumulação de metais preciosos, seja a partir da descoberta e extração de ouro e prata; seja através da venda de produtos manufaturados por preços altos e a compra de produtos agrícolas (como o açúcar) por preços baixos.
 Diferente do colonialismo, o neocolonialismo tinha por objetivos a busca de matérias-primas para as indústrias (ferro, carvão, cobre), mercados consumidores para seus produtos,  áreas onde fosse possível instalar ferrovias e conceder empréstimos a juros altos. O imperialismo foi fruto do desenvolvimento desenfreado da industrialização e do capitalismo europeu durante o século XIX, representado por grandes empresas e bancos que, aliados aos governantes, buscaram justificar a conquista de territórios junto aos povos a partir do discurso de exaltação da nação e da pátria.
Os países pioneiros na expansão imperialista do século XIX foram Inglaterra,  França,  Bélgica e Holanda. Após se unificarem politicamente, a Alemanha e a Itália entraram na corrida imperialista.
Para ter uma ideia da rapidez do processo imperialista, por volta de 1800, antes da expansão, os países que eram considerados grandes potências controlavam 35% da superfície terrestre, em 1878 esse índice já alcançava 67% e nas vésperas da Primeira Guerra Mundial era de impressionantes 84%.


b)     As justificativas ideológicas do imperialismo
Para dominar e subjugar imensas regiões e milhares de pessoas era necessário algumas justificativas. Elas existiam e eram apoiadas por amplos setores da sociedade dos países imperialistas que se sentiam superiores às populações dominadas. Entre as falácias que justificavam essa dominação pode-se citar:
·         A necessidade de levar o progresso e a civilização para as nações atrasadas. Segundo essa lógica, os povos dominados eram considerados atrasados e incivilizados e cabia às nações europeias a missão de civilizar essas regiões .
·         A percepção de que a obtenção de colônias era um fator que garantia status e prestígio frente às outras potências europeias, ou seja, para ser uma grande potência era necessário exibir as suas colônias como troféus.
·         O etnocentrismo, que se baseava na ideia de que alguns povos eram superiores a outros. Neste caso os europeus eram superiores a asiáticos, indígenas e africanos.
·         Darwinismo social. Baseado na teoria da evolução de Darwin, que se propagou com o livro “A evolução das espécies” de 1859. Alguns pensadores se apropriaram das ideias de Darwin, e passaram a aplicar a teoria da seleção natural às sociedades humanas. Segundo a teoria dos darwinistas sociais, algumas raças eram biologicamente superiores a outras.  Obviamente, os brancos, em especial europeus, eram considerados  mais evoluídos e, portanto progrediam mais rapidamente que os negros e asiáticos. Sua superioridade biológica justificava seu direito   de,  quando em contato com os “selvagens”, subjugá-los. Ou seja, por serem menos evoluídos, a própria regra de seleção natural estaria condenando essas raças a sua inevitável extinção.


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